Tempos de amor diferente e quem poderia pensar ficaria
assim.
Assim como?
Sei não mais acho que a chamada e decantada sociedade
contemporânea na maneira mais tenra de dar as mãos, oferecer abraços, flores e
felicidade não desenvolveu, muito menos cresceu, infelizmente não amadurecemos
e sim, inchamos!
Este inchaço inconveniente que, sufoca o romantismo, aperta
por todos os lados a garganta impedindo a saída da voz quente de frases de amor
ao ouvido e quase a estrangula e, já não mais quer ser fiel a amor nenhum,de
pessoa nenhuma,apenas querer tudo de todos e então, geralmente não dá certo.
Será que aqui caberia aquele antigo ditado de que:
”Quem tudo
quer, nada tem?”.
Tempos de amor diferente e quem poderia pensar que ficaria
assim.
Assim como?
Como a maioria talvez nunca quisesse e que, foi se
transformando numa outra coisa diferente, inesperadamente incomum, como se o
inesperado fizesse a cada um de nós uma surpresa e matasse as rosas, as
dálias,os lírios e a beleza das águas em cascatas volumosas respingando em
nossos corpos pingos doces da felicidade.
O que restou?
O balão-motel do carnaval da Bahia no qual os casais
poderiam ficar por cerca de dez minutos para as suas intimidades sexuais.
Dez minutos?
Amor que só precisa de dez minutos, seja para o que for, está
morto.
Por favor, podem dar outro nome a isto!
Tempos de amor diferente e quem poderia pensar ficaria
assim.
Assim como?